POETISA TONHA MOTA

quarta-feira, 23 de julho de 2014

        
TRIBUTO PARA ARIANO SUASSUNA, E SUA CHEGADA NO CÉU

Meu Deus dai-me inspiração,

Pois eu preciso falar

Uma notícia bem triste,

Mas não posso ocultar

Ariano Suassuna

Acabou de nos deixar.

 

A lacuna vai ficar,

Dentro da nossa cultura

E não vamos encontrar,

Outro dessa envergadura

Que gostava de passar,

A simplicidade pura.

 

Baluarte da cultura,

Nada de demagogia

Contava, e muito bém

Um mestre na poesia

Hoje foi para o além

A cultura está vazia.

 

Gostava da alegria,

Dessa arte de criar

Com a sua maestria,

Na hora de publicar

Livro,que divulgaria,

A cultura popular.

 

Ariano Suassuna,

Homem de grande valor

Vai deixar uma lacuna,

Esse grande escritor

De tribuna em Tribuna,

Da cultura um defensor.

 

Sempre esteve na tribuna,

O jornal noticiou

Ariano Suassuna,

Faleceu, e nos deixou

Deixando essa lacuna,

Mas o seu nome ficou.

 

Eu o conheci de perto,

Lá na casa dos meus pais,

Cidade Taperoá,

Das raízes culturais,

E quando eu voltar lá,

Os três, não encontro mais.

 

Quando ia á Taperoá,

Sempre fazia visita

Meu pai,e a minha mãe

Que ficava muito aflita

Por receber Ariano,

Homem de alma bonita.

 

Quase sempre essa visita,

Um cafezinho tomava

Uma conversa bonita,

Enquanto ele pesquizava,

Para escrever mais um livro,

A minha mãe perguntava.

 

Personagem para o livro,

Não sei se ele publicou

Alguns nomes até sei

E todos Deus já levou,

Eu o terei sempre vivo

Sua obra o eternizou.

 

Esse tributo eu faço,

Com pesar no coração

Para o homenagiar,

Este grande cidadão,

Ariano Suassuna,

Vou guardar no coração.




Faço agora meu cordel

No momento de emoção

Exercendo meu papel,

Com muita inspiração

Pois também sou xeleléu,

Da virgem da Conceição.

 

Com a minha devoção,

Sei bem o que aconteceu

Hoje o céu está em festa

Ariano Suassuna,

Que a Paraíba nos deu.

 

Quando a notícia correu,

Muita aglomeração

Todo mundo lá no céu

Tinha muita estimação,

Todos tiravam o chapéu

Para o ilustre cidadão.

 

Na cidade do pai João,

 Capital João Pessoa

Terá luto oficial

De luto até a lagoa,

No dia do funeral

Pois ele é gente boa.

 

No céu o hino entoa,

Anjos vêm lhe receber,

Nosso grande escritor,

Acabamos de perder,

São Pedro lhe abre a porta,

E lhe diz: muito prazer.

 

Sem saber o que fazer,

Os amigos vêm também

Empurra, empurra na porta,

Da entrada do além

Querendo vir receber,

Todos cantando amém.

 

E como sempre convém,

Tem um pelotão de frente

Para receber alguém,

Incluindo algum parente

Na frente seu pai estava,

Num momento comovente.

 

Com emoção aparente,

Foram chegando os demais

Amigos que lá estavam

Incluindo os meus pais,

Os amigos do recife,

Tratando dos funerais.

 

Primeiro vêm Gonzagão,

Tocando sua sanfona

Asa branca é um hino

Que a todos emociona,

Ele cumpriu seu destino,

A emoção vem á tona.

 

A fila impressiona,

Todas as personagens seus

Mulher vestida de sol

Este quem primeiro deu,

Alegria, e tantos outros,

Que o mundo conheceu.

 

Ninguém no céu esqueceu,

Querendo homenagear

Também vinha Dominguinhos.

Com a sanfona a tocar

Seu lamento sertanejo,

Pois não podia faltar.

 

Também estavam a tocar,

Sivuca, Hermeto Pascoal,

A cantora Marines,

Com sua voz genial,

Naquele momento fez

Um hino celestial.

 

Momento do funeral,

No céu, e na terra tem,

Muitos hinos e louvores,

Nossa saudade também

Na terra sentimos dores,

No céu louvores amém.

 

Ariano no céu tem,

Muito carinho, e, guarida,

E todos lhe querem bem,

Até a compadecida

Tem João grilo, e Chicó,

Contando a despedida.

 

Ninguém esquece a partida,

Daquele que se quer bem,

Na hora da despedida

De quem vai para o além

Cai uma lágrima sentida,

Pois sabemos quem não vem.

 

O filho que ele tem,

Em moradas celestiais

Por ele foi abraçado,

Não esquecendo seus pais

Que do céu abençoava,

 Suas peças teatrais.

 

Hoje, porém todos jazem,

Aqui na terra dos vivos

No mundo dos imortais,

Teremos mais um motivo,

Para ler e, aliás,

Ariano é mais um livro.

 

Escrevendo esse cordel

Sentindo muita emoção

 Passando para o papel,

Toda minha inspiração

Eu também sou xeleléu,

Da virgem da Conceição.

 

Auto da compadecida,

Virou um filme global

Consagrando um trabalho

Deste autor genial

Mostrando nossa senhora,

Com seu amor Divinal.

 

Um livro sensacional,

Que li com muito prazer

Também a pedra do reino,

Não podemos esquecer,

E toda biblioteca,

Tem obrigação de ter.

 

Seu personagem Quaderna,

Assim foi denominado

 

O reino era sua terra,

Por quem foi apaixonado

O seu nome não encerra,

Pois é imortalizado.

 

No céu vai ter muita festa,

Na terra fica a lacuna

Minha homenagem modesta,

Pra Ariano Suassuna

Autor que ninguém contesta,

Sempre á frente da tribuna.

 

A senhora dona morte,

Há muito tempo esperava,

Ariano com humor

Por um nome batizava,

Deu o nome de Caetana,

Era assim que a chamava.

 

Às cinco horas da tarde,

Ariano nos deixou,

Caetana estava lá

E muita gente chorou,

Mas o nome ficará,

Sua história o consagrou.

 

Tonha Mota   Natal,23/07/14.

 
 
 

 

Tonha Mota      Natal,23-07 -2014.

 
 

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