POETISA TONHA MOTA: NA TERRA DO BEM QUERER, O CORDEL TEM VEZ, E VOZ

terça-feira, 5 de maio de 2015

NA TERRA DO BEM QUERER, O CORDEL TEM VEZ, E VOZ



I
Certo dia eu tive um sonho,
E no sonho eu viajei
Pra terra do bem querer
E bem depois acordei
Fiquei ali refletindo,
Nesse sonho que sonhei.
II
Pois no lugar que cheguei,
Era muito diferente
Enquanto eu declamava
Poema de Zé Vicente
O povo alí respeitava,
A cultura,e sua gente.
III
Sai dali tão contente,
Da terra do bem querer
E perguntei a mim mesma
E não soube responder,
Porque será que a cultura,
Pára na mão do puder?
IV
Não sei,mas quero saber,
Tenho curiosidade
Criei espectativa
De vir morar na cidade,
Tomando iniciativa,
Cordeleando a vontade.
V
Pensava na quantidade,
Que iria escrever
Depois me veio a pergunta
E quem será que vai ler?
Uma voz disse assunta
Assim tu irás saber.
VI
Eu fiquei sem entender,
Depois parei pra pensar,
Um pouco desconfiada,
Queria continuar
Pois o sonho que sonhei,
Sonho não pode parar.
VII
E num segundo a pensar,
Eu lembrei-me do puder
O meu juizo esquentou,
Faltou pouco pra ferver
Minha alegria passou,
Sem saber o que fazer
VIII
Queria muito saber.
Porque neste lugar
Tem tanta burocracia
Ninguém sabe explicar
O rei da supremacia,
Só pensa em viajar.
IX
Ele vive a gastar,
E dinheiro pra valer,
E nã vai se preocupar,
Se ele é puder
Manda criar um projeto
Assim começa a moer.
X
E assim nesse moído,
Nosso projeto mofando
Sem puder executar
O tempo está passando
Chega de tanto esperar
Eu estou revindicando.
XI
Bons projetos foram feitos,
Falta só boa vontade
O cordel tem garantido
Movimento na cidade
Nós fazemos poesia
Cordeleando a vontade
XII
Eu quero reivindicar
O que já temos direito
Atenção agilidade
Um pouco mais de respeito
Fizemos a nossa parte
Foi um projeto bem feito.
XIII
Agora chegou a vez
Queremos a decisão
Chega de tanto moído
Queremos mais atenção
Estou fazendo um pedido
Por favor preste atenção!.
XIV
Eu estou reiindicando,
Não vou aceitar um não
De promessa estou cansada
Quero ter motivação
Sou poeta de bancada
Nasci com inspiração
XV
Na terra do bem querer,
Respeita-se o cidadão
Todo mundo tem direito
Viver com satisfação
Aquele que for eleito
Fica em observação.
XVI
Lá não tem corrupção,
Só alegria, e laser
A música do Gonzagão
Niguém consegue esquecer
Literatura em cordel,
E o jornal que se ler.
XVII
Volto a pensar no puder,
No puder que é capaz
O meu juízo esquentou
Dessa vez um pouco mais
Assim mesmo me avisou
Triste o puder que não faz.
XVIII
Perseguir os ideais,
Viver com satisfação
O sonho que satisfaz
E o que vira missão,
Somente o bem querer traz
O amor no coração.
XIX
Meu bem querer aliás,
Ele se faz entender
Diz não a burocracia
Aos entraves do puder
Simplesmente o que sonha,
E quem faz acontecer.
XX
A nossa literatura,
Ela tem o seu puder
Já faz parte da cultura
E simples para entender
Toda e qualquer criatura,
Vai gostar de aprender.
XXI
Eu levanto essa bandeira,
Um sonho de formação
O sonho do bem querer,
Sonha todo cidadão
Com o cordel vou fazer,
A mais bonita canção.
XXII
Na terra do bem querer,
Um projeto aprovado
Não tem a burocracia,
Pra deixa-lo engavetado
O proponente avança,
Pois não espera sentado.
XXIII
Depois de ser aprovado,
Não precisa esperar
Nem por uma pedra em cima,
Para o seu sonho enterrar
Na terra do bem querer,
Cordel tem voz pra falar.
XXIV
Despertou não vai calar,
O cordel tem força e voz
Em nome dos cordelistas,
Ele vai falar por nós
Nossos sonhos e conquistas,
Vão brilhar sem usar glóss.
XXV
Eu usei a minha voz,
Para cantar o cordel
Sou cordelista que sonha,
Cumpro assim meu papel
Provai para me dizer
Cordel tem sabor de mel.
XXVI
Com um lápis e papel,
Na mão de um cordelista
Quando começa escrever,
Fala de sonho e conquista,
E se você quer saber,
Sonha até perder de vista.
XXVII
Mas não esquecendo a lista,
Do que que venho reivindicar
O que tem prioridade
Não esquecço de cobrar
Um aviso ao puder,
Não perde por esperar.
XXVIII
Meu sonho eu quero ver,
Cordel na grade escolar
Cordelista capacitado,
Pronto para ensinar
Professor bem informado,
Isso vai facilitar.
XXIX
E sem deixar de criar
Fazendo um novo projeto
Que seja fácil entender
Por lei ou por um decreto,
O cordel ensina ler.
Tanto quanto o alfabeto
Ele se faz entender.
XXX
Agora que despertei
Eu assumo sou guerreira
Meu cordel eu vou levar
Hasteando essa bandeira
Da cultura popular.
E literatura Brasileira.
Tonha Mota

Nenhum comentário:

Postar um comentário